Destruindo a imagem

Por Jeferson Malaguti Soares *


A mídia quer destruir politicamente Lula, Dilma e os líderes do PT. Para tanto ataca a imagem dessas pessoas e quer transformá-las, de lideres de uma revolução social aplaudida mundialmente, em temíveis farsantes, bandidos, em verdadeiros Judas Iscariotes.

O nome de Dilma e Lula é prontamente invocado para explicar qualquer mal feito, acidente ou fracasso no Brasil, desde o preço dos tomates até os desvios na Petrobrás.

A imprensa fala da queda na popularidade de Dilma – que a imprensa mesma provocou com suas manchetes sofistas e fascistóides -, mas omite que Lula é aclamado pelo povo brasileiro como o melhor Presidente da República que tivemos, segundo alguns institutos de pesquisas. E mais: respeitado em todo o planeta.

A mídia bate incessantemente nos governos sociais de Lula e Dilma desde seu início, mas a campanha que lança contra Dilma - especialmente depois que o apaniguado dos conglomerados midiáticos, Aécio Neves, perdeu as eleições - é a mais violenta, prolongada e covarde que qualquer das anteriores. Seu lema é um categórico “morte à Dilma”. Os inimigos estão criando uma atmosfera que pode incentivar algum maluco a se lançar contra a Presidenta ou mesmo Lula. Há que se tomar muito cuidado.

O povo brasileiro está perdendo o direito de opinar sobre seu futuro. Quem opina por ele e o oprime é a mídia infame e golpista. Nossa imprensa é subordinada às relações de poder da qual ela mesma é parte inconteste. Coloca de forma clara e direta sua posição conservadora, neoliberal e entreguista. É o segmento mais corrupto de nossa sociedade.

Enquanto o povo desamparado do país luta pelo seu futuro, pela garantia de vida melhor para as gerações que estão por vir, a mídia nacional faz o caminho inverso. O caminho do desperdício, da corrupção desenfreada. Nosso povo sofrido quer compartilhar riquezas e não a pobreza. Quer dividir bem estar e não dificuldades.

Por que a burguesia nacional, aliada de primeira hora da mídia golpista é tão mesquinha, ao ponto de desejar que o pobre continue miserável e que aos bens de capital apenas eles tenham acesso? Resposta curta e simples: porque o capitalismo é cruel, é o regime onde quem manda é quem mais tem; é o regime dos que mandam fazer, mas que não fazem o que mandam. É o regime onde uma minoria explora a maioria. Esses são os motivos para desejarem a morte de Lula, Dilma e tudo o que eles representam de beneficio para os explorados. Têm medo de se transformarem na caça. Querem continuar fazendo pouco e exigindo muito.

Os setores mais reacionários do país se aliaram à mídia conservadora com o fim de aniquilarem tudo e todos que trabalham pelo social. Brigam pela preservação da desigualdade. E, por mais paradoxal que pareça, recebem o apoio de segmentos religiosos cristãos cujo ensinamento maior deveria ser  o da solidariedade, da misericórdia e do compartilhamento.

Que ninguém se engane, não podemos esperar por uma crise a fim de descobrirmos o que é ou não importante em nossas vidas.

Se permitirmos que nos roubem os sonhos, roubarão também nosso sono. Jamais teremos um novo futuro, se continuarmos errando como no passado.

Nós podemos mudar o Brasil. Lutemos por isto. Sabemos o que somos e temos que nos manter lúcidos e acreditar no que podemos ser. Não permitamos que nos destruam.

Destruir a imagem de Lula e tudo que ele representa é o mesmo que destruir nossa própria imagem, nosso futuro.

O caráter vezo, inconfessável, do golpe que urdem contra a Presidenta Dilma, nascido das mais fundas entranhas do famélico capitalismo norte-americano e de interesses internacionais por nossas riquezas, vai esbarrar na força do nacionalismo e na tenacidade de nosso povo sofrido, porém honrado.


* Jeferson Malaguti Soares é Secretário de Esportes na Prefeitura de Ribeirão das Neves, administrador, consultor de empresas e colaborador deste blog.

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