2014 já começou

Por Jeferson Malaguti Soares *

As eleições de 2014 já começaram.  A oposição liberal-conservadora, mídia incluída, sentiu o golpe dos resultados das urnas  em 2010 e 2012. Os partidos oposicionistas encolheram enquanto o PT e PSB, principalmente, cresceram. Os indicadores sociais e econômicos, desde 2003, mostram um país cada dia mais igualitário e menos injusto.

A reação está sendo violenta. O alvo é Lula. Acredita a oposição que, destruindo Lula, o governo da presidenta Dilma desmorona qual castelo de cartas. Por isso o apelo descabido na cobertura da Ação Penal 470; o comportamento desregrado, no mínimo curioso, do STF; os despudorados achaques de parlamentares. Até amante para o ex-presidente arranjaram. Como se não bastasse tentam incriminar Lula no que a oposição insiste em chamar de "mensalão". Pessoas sem qualquer passado ético ou sóbrio são usadas para tanto, como Roberto Jefferson e Marcos Valério. Querem sangrar Lula até sua última gota de sangue.

Essa mesma postura violenta e preconceituosa move cada dia mais pessoas conservadoras, já não tão seguras de uma vitória nas próximas eleições.


O PSDB finge apostar em Aécio Neves, mas o que querem mesmo é se aliar ao PSB de Eduardo Campos. A chapa dos sonhos da oposição seria Campos e Aécio ou até Campos e Marina Silva. Esquecem que o governador de Pernambuco pode também estar na mira de Dilma . Que tal Dilma/Eduardo Campos, com Michel Temer governador de São Paulo? O mundo desaba de vez na cabeça da direita.

O falso moralismo udenista que vem sendo liderado pelo ex-presidente FHC agride a esquerda, sentado no próprio rabo. Fernando Henrique, no amargor de seus dias, destila preconceito e elitismo contra os pobres. Trata-os como um bando de ignorantes que não pensam. A direita, tenta desqualificar a massa que apoia o governo, já que em 2005, e agora com o “ mensalão”, não conseguiu e não vai conseguir deflagrar um “golpe branco” contra o mesmo.

No entanto, esse pessoal não pode ser subestimado. Estão se articulando e, cada vez com mais ferocidade, investem na questão ética para ganhar as eleições. Como avestruzes que enfiam a cabeça no chão para se esconderem, fingem não se lembrarem das falcatruas dos dois governos FHC. Sabem que de ética entendem muito pouco.

Aécio Neves, que deixou Minas à mingua, brada que o PSDB não pode ter medo de ser qualificado como neoliberal. Aposta na tática de ratificar o perfil privatizante do partido ao invés de desmentí-lo. Insiste que deve ser retomado o processo de privatizações, repisa a proposta de uma reforma trabalhista profunda favorável aos interesses do patronato e, novamente, propõe cortes severos nos gastos públicos para viabilizar a privatização de serviços e a redução da carga tributária. Prega também a retomada da articulação com a ALCA, desqualificando o Mercosul. Isso é declarado abertamente e Aécio usa o “ sucesso” do "choque de gestão" aplicado em Minas. A bem da verdade, esse "choque" faliu o estado, que deve hoje mais de 70 bilhões e paga juros de mais de 5 bilhões anualmente, enquanto a receita não passa de 35 bilhões. O tal "choque" é, na verdade, uma maquiagem da contabilidade pública. Saúde, educação, saneamento básico, moradia, segurança, em Minas , estão um caos. Mas a mídia mineira, cooptada pelas gordas verbas publicitárias, nada fala.

Não será tarefa fácil derrotar a oposição liberal-conservadora nas próximas eleições.

Mas, ao reelegermos Lula e Dilma em 2014 , estaremos rompendo definitivamente com a “fatalidade” de sermos governados eternamente por grupelhos minoritários ligados ao grande capital nacional e internacional.
Será a continuidade do avanço da democracia brasileira. Uma ruptura da continuidade permissiva na história brasileira e uma revolução pela via pacífica.

A derrota das elites será também a derrota do golpe midiático. Derrotar a oposição liberal-conservadora será afirmar o povo como principal protagonista da história do país. Significará que o poder econômico e a mídia não são imbatíveis quando o povo decide tomar o destino em suas mãos. Significará, também, a entrada definitiva dos pobres na cena política, superando a divisão elitista que divide a população entre os “formadores de opinião” e os “não informados”.

A democracia de um país em desenvolvimento como o nosso se consolida quando sua estabilidade não depende de militares, da Igreja ou da imprensa.

Reeleger Dilma significa continuar construindo um país com mais desenvolvimento e menos desigualdade, superando  as diferenças sociais. Significa  a consolidação de uma sociedade mais coesa, integrada e segura. Significa o coroamento da grande conquista de todos os brasileiros no caminho da integração da sociedade de forma límpida e democrática.

* Jeferson Malaguti Soares é Secretário de Comunicação no Comitê Municipal do PCdoB/Ribeirão das Neves e colaborador deste blog.

Comentários