Belo Horizonte nos tempos de JK

 Juscelino discursando diante de Getúlio e do governador de MG, Benedito Valadares, durante a inauguração do asfalto na Avenida do Contorno em 12/05/1940

Por Cléber Sérgio de Seixas

Nessa segunda década do século XXI, Belo Horizonte é a terceira cidade mais importante do País. Trata-se de uma cidade que enfrenta problemas típicos de uma grande metrópole, como caos na infra-estrutura viária, déficit habitacional, desemprego, violência urbana, precariedade no sistema sanitário, aumento da densidade populacional, etc. A cidade que Márcio Lacerda vai novamente administrar pelos próximos quatro anos é bem diferente da Belo Horizonte dos tempos em que Juscelino Kubitschek era o prefeito.

A gestão JK (1940 - 1945) empreendeu importantes obras que mudaram a cara da capital mineira, dando-lhe ares de metrópole. Juscelino asfaltou várias vias como a Avenida do Contorno e a Afonso Pena, canalizou córregos, construiu o complexo turístico e arquitetônico da  Pampulha,  criou o Instituto de Belas Artes, construiu um hospital municipal com capacidade para 306 leitos no Bairro da Lagoinha, dentre várias outras obras.

O documentário abaixo, produzido pelo Escritório de Coordenação de Negócios Inter-Americanos, mostra a cosmopolita BH dos anos JK.  É interessante sublinhar os trechos nos quais pode-se perceber o interesse implícito em nossos minerais estratégicos, o que pode ser explicado pelo fato de o documentário ter sido produzido durante o governo de Eurico Gaspar Dutra, o presidente brasileiro que mais escancarou a economia nacional aos interesses do capital norte-americano.

Vale assistir por causa das imagens da época, onde é possível ver os bondes circulando a Praça 7, a construção da Cidade Industrial, a Feira de Amostras, o Parque Municipal, a Mina de Morro Velho e a Penitenciária Agrícola de Neves, descrita como uma das mais modernas do mundo.

 

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